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Insetos na alimentação espera de autorização pela Anvisa e outros órgãos de fiscalização no Brasil
O Insetos na alimentação ainda é um conhecimento preso nas universidades brasileiras. É isso mesmo, o consumo de insetos comestíveis na alimentação humana ainda não está plenamente liberado no Brasil, porém, já exerce papel muito importante na questão ambiental, nutricional e medicinal dos brasileiros a medida que mais e mais criadores de insetos comestíveis surgem em todas as regiões brasileiras.
Para mais informações sobre insetos comestíveis, acesse: http://www.insetovivo.com.br
A introdução de insetos comestíveis na alimentação brasileira ainda precisa ser mais discutido, informado e experimentado pela população do Brasil, uma vez que um dia no futuro bem próximo poderá estar no prato de grande parte das pessoas no Brasil e em todo o mundo.
A bióloga Patrícia Milano, doutora em entomologia pela Universidade de São Paulo (USP), diz em outras palavras que "o Brasil é um país rico em oportunidades em diversas áreas do conhecimento, porém, ainda está muito preso às universidades e, sendo assim, é fundamental que a rede pública de ensino em todo o Brasil abra espaço para que na educação nas escolas se fale mais sobre alimentação humana com insetos comestíveis, em controle de pragas com insetos do bem, na importância dos insetos do bem como polinizadores e geradores de grande parte dos alimentos que os seres humanos e demais animais consomem todos os dias".
É claro que os insetos podem também ser vetores de muitas doenças que costumam levar muitos brasileiros à morte, entre eles o mosquito da dengue, insetos da malária, barbeiro que transmite a doença de Chagas, entre outros insetos nocivos à vida humana. Mas vários especialistas em insetos afirmam categoricamente ser um enorme erro canalizar o foco apenas nos males que os insetos acabam trazendo ao ser humano e a outros animais, uma vez que os insetos do bem, diferente dos insetos nocivos à vida humana têm enorme importância no controle de pragas, como é o caso do besouro joaninha que combate os pulgões e a cochinilha.
Os insetos são bons e um alimento importante e riquíssimo para muitas espécies animais e para os humanos. Os ganhos no consumo de insetos comestíveis são muitos, uma vez que, além do valor dos insetos comestíveis como alimentos, os insetos comestíveis também contribuem muito na questão ambiental. Na questão nutricional e medicinal, os insetos comestíveis podem até evitar doenças, em vez de causá-las, como no caso dos insetos nocivos à vida do ser humano.
Onde comprar torrada com larvas de tenébrio gigante?
Representante de uma empresa que cria insetos comestíveis para alimentação animal e humana, diz que já há espécies de insetos cadastradas no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) para criação de animais, inclusive para que produtores de ração animal que atuam no Brasil consigam incluir insetos comestíveis em seus produtos.
Muitas pesquisas com insetos comestíveis vêm sendo desenvolvidas nas universidades brasileiras e mundiais objetivando trazer à tona o conhecimento das espécies de insetos comestíveis, as fases e as porcentagens a serem utilizadas nas rações animais, entre outros estudos com insetos comestíveis visando sejam conhecidas, futuramente, catalogadas, os principais empregos dos insetos comestíveis na alimentação animal e humana.
No que diz respeito à alimentação humana, o que se sabe hoje e dia é que não é proibido comer insetos comestíveis no Brasil, porém, a produção de produtos à base de insetos comestíveis e disponibilizá-los para venda ainda é algo proibido em nosso país, uma vez que ainda não há por aqui estudos conclusivos a esse respeito, afirma Eduardo Santos, produtor de conteúdo e responsável pelo blog sobre insetos comestíveis http://www.insetocomestiveis.com.br.
O que é possível consumir são os produtos com insetos comestíveis que tenha origem conhecida, com inspeção do Mapa e também autorização da Anvisa, Agência Nacional de Vigilância Sanitária.
A Anvisa e demais órgãos fiscalizadores precisam ter tempo para analisar tais produtos cominsetos comestíveis, uma vez que precisa ter segurança nos produtos feitos à base de insetos comestíveis que serão consumidos pelos brasileiros, direta ou indiretamente por meio do consumo de animais que comem os insetos comestíveis.
Saber se os insetos comestíveis incluídos nos produtos à base de farinha de insetos e outros derivados dos insetos comestíveis foram ou não criados de forma organizada e limpa, do que os insetos comestíveis se alimentaram antes da produção dos diversos produtos derivados dos insetos comestíveis, como é o caso da farinha de insetos, como os insetos comestíveis foram abatidos, qual o tipo de processamento doméstico ou industrial que os insetos comestíveis sofreram até que fosse produzida a farinha de insetos que, por sua vez, serve como base em várias formulações de alimentos, se os insetos comestíveis estão livres de micro-organismos patógenos, se os insetos comestíveis são tóxicos quando consumidos, se alérgicos aos insetos comestíveis podem consumi-lo como alimentos, qual a porcentagem segura de insetos comestíveis pode ser acrescentados às farinhas de insetos ou outros produtos. Ou seja, ainda há muitas perguntas a serem respondidas antes da liberação do consumo dos insetos comestíveis.
Todas essas perguntas serão respondidas ao Mapa e à Anvisa quando à medida que mais e mais empresários e profissionais solicitarem as autorizações aos citados órgãos. Dessa maneira, quem for consumir os insetos comestíveis no futuro estarão com mais informações sobre o assunto e poderão, dessa maneira, ter melhor poder de decisão em suas mãos.
Devido à atuação dos órgãos de fiscalização e aprovação de produtos para consumo, o Brasil é um país que tem alimentos seguros e limpos, com qualidade superior a outros países, inclusive alguns países mais ricos que o Brasil.
Para muitos apaixonados pelo tema insetos comestíveis, os insetos comestíveis serão, seguramente, o superalimento do futuro, seja para o consumo humano de insetos comestíveis, uma vez que são alimentos aliados da boa saúde humana, ou mesmo para o consumo de animais por meio do acréscimo de insetos comestíveis na formulação de rações animais.
Os insetos comestíveis pode ser acrescentados por meio de farinhas de insetos em diversas massas comestíveis, entre elas o macarrão. Os insetos comestíveis também são acrescentados em diversos pratos da culinária nacional. Os insetos comestíveis podem também ser fritos, refogados, assados, entre outros tipos de consumo.
Segundo diversos especialistas nessa área, há mais de 2 mil espécies insetos comestíveis. Criar insetos comestíveis para alimentação animal, além de ser saudável para os bichinhos, é saudável para a saúde do planeta e, sendo assim, é algo que deve ser melhor explorado em todo o mundo.
Embora o consumo de insetos comestíveis seja uma prática muito comum em muitos países, no Brasil, o consumo de insetos comestíveis ainda não é regulado por uma legislação específica para criação de insetos comestíveis, bem como para as diversas aplicações e consumo de insetos comestíveis na alimentação humana, o que limita a atividade e colabora para a desinformação sobre o assunto. É preciso também destacar que, quando se fala em um produto alimentício à base de insetos comestíveis, é fundamental normas para criação, produção e processamento dos insetos comestíveis sejam regulamentados em legislações, normativas e diretrizes e, dessa maneira, orientem a produção dos diversos tipos de farinhas insetos comestíveis e demais produtos derivados e, dessa forma, garantam a saúde e o bem-estar do consumidor.
O insetos comestíveis podem ser uma alternativa eficiente para suprir a demanda por alimentos com alto conteúdo proteico, uma vez que alguns insetos comestíveis podem atingir números enormes de proteína animal, sendo 60% de proteína ou mais.
Segundo especialistas e estudiosos sobre a proteína, a indústria alimentícia, visando atender à demanda para as próximas décadas, precisará aumentar a produção de carne em pelo menos 20%. Tal aumento no uso de proteína na produção industrial terá enormes impactos ambientais, apenas para citarmos um dos enormes desafios provocados pelo aumento de proteínas.
Para fazer uma comparação, para cada hectare usado para criação de insetos comestíveis, são necessários 10 hectares para gerar a mesma quantidade de proteína em uma criação de gado de corte (bovina).
QUAIS SÃO OS INSETOS COMESTÍVEIS CRIADOS EM CATIVEIRO NO BRASIL?
Os grilos pretos, larvas do besouro tenébrios, baratas comestíveis, entre outros insetos comestíveis.
Na alimentação humana, os insetos comestíveis é ainda é tabu, uma vez que eles estão associados ao medo e nojo, porém, o consumo deles cresce cada vez mais todos os dias.
Na Europa, na Ásia e na Austrália o consumo de produtos industrializados feitos à base de farinhas de insetos comestíveis é maior.
No Brasil, para aumentar a demanda por produtos feitos com a farinha de insetos comestíveis é preciso que mais pessoas saibam dos benefícios da criação de insetos comestíveis para alimentação animal e humana.
Uma criação de insetos comestíveis é uma atividade rural que não desmata grandes áreas e pode ser feita na vertical, como em prédios.
Uma criação de insetos comestíveis não polui a natureza, seja o solo, rios, mares, entre outros ambientes naturais. Muito pelo contrário, as fezes em uma criação de insetos comestíveis servem de adubo para plantas. A criação de insetos comestíveis também não emite grandes quantidades de gases de efeito estufa, nem necessita grande consumo de água, tal como ocorre com a criação de gado de corte e gado de leite que precisam de grandes quantidades de soja que, além de danificar o solo e rios, ainda precisam ser transportadas de locais muito longe e, por isso, deixa pegadas mui nocivas à vida do planeta.
No futuro, os humanos não terão medo nem nojo de consumir produtos à base de farinhas de insetos comestíveis. Para isso, é fundamental que o conhecimento dos benefícios do consumo de insetos comestíveis cheguem cada vez mais até elas.
Estudos e pesquisas em todo mundo mostram que os insetos comestíveis têm propriedades comprovadamente científicas. Por exemplo, as farinhas de insetos comestíveis podem combater a desnutrição infantil, como ocorre em diversos países da África e da Ásia, como é o caso da Malásia. Outros estudos mostram que os insetos comestíveis podem combater células cancerígenas, além dos insetos comestíveis ser um excelente suplemento alimentar e suplementos para atletas de alto rendimento, uma vez que os insetos comestíveis são riquíssimos em proteína e diversos minerais. Em muitos países, as mulheres grávidas e lactantes consomem insetos comestíveis para melhorar a qualidade da gestação.
A medida que a população brasileira tiver acesso a todas as informações sobre os insetos comestíveis acabarão por incluí-los na sua dieta do dia-a-dia.
Precisamos dizer, é claro, que a partir de tais informações, os indivíduos passem a caçar qualquer inseto para consumo e, por sua vez, ingerir insetos comestíveis ou não sem um tratamento ou sem saber do que eles se alimentaram. Para comer insetos é fundamental saber como eles foram criados, do que se alimentaram, se têm alguma toxina capaz de matar o prejudicar quem o consome, quais as fases do inseto que pode ser consumida, entre outras informações.
No Brasil, é muito comum o consumo de formiga tanajura, ou içá, ou a larva do coquinho, principalmente para quem faz incursões pela selva. Esses insetos comestíveis costumam ser caçados e consumidor por muita gente, o que deveria ser evitado uma vez que pouco é sabido sobre como tais insetos comestíveis viveram até o momento de serem abatidos e comidos. Eles são simplesmente coletados e ingeridos.
Quando for autorizada a venda de insetos comestíveis para consumo humano é fundamental que saibam da origem deles, para ter plena certeza que esses insetos comestíveis tenham ciados de forma adequada, com todos os requisitos necessários, inclusive a limpeza onde o criador de insetos comestíveis faz a sua criação de insetos.
GORDURA DE INSETOS | ÓLEO DE INSETOS COMESTÍVEIS:
Insetos comestíveis têm gorduras (ou lipídeos) em sua composição. O grilo-preto (Gryllus assimilis), por exemplo, tem em torno de 22% de gordura em sua composição. O tenebrio gigante (Zophobas morio), tem 44%. Ou seja, nos insetos comestíveis o percentual de gordura é bem elevado, comparável à quantidade de gorduras em nozes, castanha-de-caju, amendoim, linhaça, coco, entre outros vegetais.
A composição da gordura no insetos, em relação à composição de ácidos graxos, é ainda bastante atraente do ponto de vista nutricional, analisando pelo equilíbrio entre ácidos graxos saturados e insaturados, semelhante ao óleo de palma.
O grilo-preto tem concentrações acima dos valores recomendados pela Food and Agriculture Organization (FAO) para a maioria dos aminoácidos essenciais.
QUEM PODE CONSUMIR INSETOS COMESTÍVEIS?
Com exceção das pessoas que tenham algum tipo de restrição nutricional em relação à dieta, ou alérgicas a alguma proteína ou ao metabolismo delas, podem consumir os insetos comestíveis. Por exemplo, uma pessoa que já é alérgica ao consumo de camarão e alguns frutos do mar, também não deveria consumir os insetos comestíveis pelos mesmos motivos. O certo é que, antes de consumir os insetos comestíveis, o indivíduo deveria consultar primeiro um profissional de saúde.
COMO É O CONSUMO DOS INSETOS COMESTÍVEIS NA ALTA GASTRONOMIA?
Ainda é preciso muito empenho para tirar todo o preconceito sobre o consumo de insetos comestíveis, mas podemos dizer que os insetos comestíveis são muito usados na alta gastronomia mundial. Outros adeptos ao consumo de insetos comestíveis são àqueles que não querem que eles nem seus filhos comam carnes que, muitas vezes, são alimentados com milho e soja e transgênicos, como é o caso dos frangos de granja, por exemplo.
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